Leibniz e o Problema da Significação em Matemática

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Mas hoje se inverte tudo. Há quem queira trabalhar com álgebra sem compreender Euclides, quem queira pregar a Cabala sem compreender o seu teor sagrado, quem queira disseminar ensinamentos irênicos por meio de livros mal editados … (Leibniz*)

*) Apud Theologos inter arcana Acroamatica esse deberit doctrina irenica; apud philologos Cabala; apud jurisconsultos doctrina juris naturae apud medicos chymia; apud Philosophos sublimia de deo scientia. Sed hodie invertuntur omnia: Algebram tractare volunt, qui non intelligunt Euclidem; Caballam tractant qui textum sacrum non intelligunt, irenica prestituuntur libris inconsulte editis; tirones qui non didicerunt leges receptas, volunt ad scientiam Nomotheticam provocare, et de jure naturae emendatione legum disputare; Chymia per empiricos male accipitur”. Carta de Leibniz a Hermann von der Hardt, 19 de Outubro, 1707

Nosso objetivo é tecer considerações introdutórias e gerais de um ponto de vista histórico-filosófico quanto ao problema da significação de determinados “conceitos” ou “objetos” matemáticos criados e utilizados principalmente pelo filósofo-matemático-linguista alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716).


Dito de outro modo, pretendemos revisitar uma pequena parte do amplo embate de Leibniz com o filósofo inglês John Locke (1632-1704) quanto à natureza e significado de determinadas descobertas matemáticas que hoje fariam voltar questões como aquela que faz a base da fala de Elon Lages

Não interessa o que os números são; (isto seria mais um problema filosófico) o que interessa é como eles se comportam

ou seja:

  • Qual a natureza e significado de determinados conceitos ou objetos matemáticos como, dentre muitos outros, os números não naturais, lista na qual incluiríamos o zero?

  • Qual o significado ou sentido de conceitos ou objetos como dy/dx, √-1,etc.? Como associar ou dissociar física e matemática se seus objetos parecem algumas vezes tão diferentes outras tão semelhantes?
  • Dentre muitas outras.

É sobre estas questões, portanto, que pretendemos conversar nos valendo dos textos desses dois filósofos modernos que travaram um dos embates mais interessantes para pensar a história da filosofia principalmente em sua associação com a criação da matemática e física modernas.

William de Siqueira Piauí

doutor em Filosofia pelo Dep. de Filosofia da Universidade de São Paulo (FFLCH – USP), licenciado em matemática pelo IME – USP/Unit – SE, professor do Departamento de Filosofia e do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Sergipe (DFL-PPGF-UFS) e líder do Grupo de Estudos de Filosofia da Linguagem (GEFIL-UFS).

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8193518557063867

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