Cardinalizando Subjetividades

No âmbito da formação de preceptores para o programa Jovem Pesquisador, foram constituídos 4 grupos para pesquisar subjetividades: Paz, Verdade, Amizade e Felicidade. Após intenso estudo da matéria pelas equipes, resta a cardinalização dessas subjetividades. Neste Laboratório Virtual serão desenvolvidos sistemas de cardinalização para essas subjetividades, tomando como esteio o Global Happiness Study (Estudo Global da Felicidade).

Inscrições: https://forms.gle/M9KXZbwxU7JYHPyN6

Informações: acm@acm-itea.org

Introdução

A matemática é frequentemente considerada uma disciplina objetiva e precisa, em que os resultados podem ser verificados e comprovados de forma independente de opiniões pessoais ou subjetividades. No entanto, mesmo na matemática, a subjetividade pode desempenhar um papel importante em determinadas áreas, como a teoria dos conjuntos, a lógica, o cálculo da probabilidade, as inferências em geral e em inusitadas situações com a ‘encontrar uma agulha no palheiro’.

Uma das formas de lidar com a subjetividade na matemática é através da cardinalização de subjetividades. Esse processo de atribuir um número ou um conjunto de números a um conjunto de objetos ou ideias, com o objetivo de tornar uma avaliação subjetiva em algo mais objetivo. Aqui cabe a exploração do que é a cardinalização de subjetividades na matemática e como ela pode ser aplicada.

Características

Justapor quantidades às subjetividades é uma técnica matemática para lidar com avaliações subjetivas ou qualitativas. O objetivo é atribuir um número ou conjunto de números a um conjunto de objetos ou ideias de forma que a avaliação seja mais objetiva e quantificável.

Por exemplo, considere a afirmação “Esta casa é grande”. A avaliação de “grande” é subjetiva e pode variar de pessoa para pessoa. No entanto, se definirmos uma escala de tamanho de casas, com base em critérios específicos, como o número de quartos ou o tamanho do terreno, podemos atribuir um número à avaliação de “grande”. Assim, a afirmação “Esta casa tem 4 quartos e um terreno grande” é mais objetiva do que “Esta casa é grande”. Esse processo foi utilizado em diversas situações há milênios pelos estudiosos de fenômenos da natureza como no caso da força, da velocidade, da aceleração, da pressão sanguínea e doutros fenômenos físicos.

Aplicações

A cardinalização pode ser aplicada em diversas áreas da matemática, como a teoria dos conjuntos, a lógica e a análise de dados. Em cada área, os critérios de avaliação podem variar, mas o objetivo é sempre transformar uma avaliação subjetiva em algo mais objetivo e quantificável.

A cardinalização de subjetividades pode ser aplicada em diversas áreas da matemática. A seguir, apresentamos algumas aplicações comuns:

Teoria dos conjuntos: Na teoria dos conjuntos, a cardinalidade é a propriedade que permite comparar o tamanho de conjuntos. Dois conjuntos têm a mesma cardinalidade se houver uma correspondência biunívoca entre eles. A cardinalidade de um conjunto finito é um número natural que representa o número de elementos do conjunto. Na teoria dos conjuntos, a cardinalização é frequentemente usada para atribuir números a conjuntos que não são finitos, como os conjuntos de números reais.

Lógica: Na perspectiva da lógica, a cardinalização é usada para medir a complexidade de fórmulas ou sistemas formais. A complexidade é geralmente medida pelo número de símbolos ou pela quantidade de informações necessárias para descrever o sistema. A cardinalização é frequentemente usada para avaliar a complexidade de sistemas formais, como a teoria dos conjuntos ou a teoria dos números.

Análise de dados: Para a análise de dados, a cardinalização é manejada para metamorfosear dados qualitativos em dados quantitativos. Por exemplo, se uma pesquisa pede aos entrevistados que avaliem um produto em uma escala de 1 a 5, a cardinalização é utilizada para transformar essas avaliações em valores numéricos que possam ser analisados com ferramentas específicas da estatística. Dessa forma, a análise de dados pode ajudar a delimitar qualidade de produtos ou serviços, bem como compreender melhor as preferências dos consumidores e a tomar decisões mais precisas sobre produtos e serviços.

Conclusão

A cardinalização de subjetividades é uma técnica importante na matemática que ajuda a transformar avaliações subjetivas em algo mais objetivo e quantificável. Essa técnica pode ser aplicada em diversas áreas da matemática, incluindo a teoria dos conjuntos, a lógica, a probabilidades, inferências e a análise de dados. Ao utilizar a cardinalização, podemos obter resultados mais precisos e elevar consideravelmente a qualidade, a exatidão e a justeza das decisões e soluções.

Nota: Parte do texto foi produzida em sinergia com IA.

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Acelino Pontes

Formação Profissional: Bancário/contabilista (Banco do Nordeste do Brasil S.A. – Curso de Aprendizagem Bancária – CAB, Fortaleza-CE), Técnico em Rádio, Televisão e Eletrônica (Instituto Monitor, São Paulo).

Formação Acadêmica: Medicina (Fortaleza-CE, Berlim/Alemanha, Munique/Alemanha, Lisboa e Colônia/Alemanha), Filosofia (Munique/Alemanha, Colônia/Alemanha e Fortaleza-CE), Psicologia (Colônia/Alemanha), Direito (Fortaleza-CE) e Matemática (Fortaleza-CE).

Formação Coadjuvante: Biologia, Sociologia, Física, Química. Teologia (Fortaleza-CE, Colônia e Munique/Alemanha) e Medicina Veterinária (Munique/Alemanha).

Especializações

Medicina: Medicina Interna, Psicossomática, Hipnose Médica, Treino Autógeno e Informática Médica (Alemanha).

Psicologia: Psicanálise, Psicoterapia, Sexologia e Terapia Comportamental (Alemanha).

Filosofia: Filósofia da Matemática (UECE).

Pós-Graduação: Curso de Doutorado em Neurologia (Pesquisa Cerebral), Max-Planck-Institut für Hirnforschung, Colônia/Alemanha, Curso de Doutorado em Medicina Interna/Psicossomática, Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität Bonn (Bonn/Alemanha), Curso de Doutorado em Filosofia, Universität zu Köln (Colônia/Alemanha).

Atividades extras: Pesquisador, Professor, Jornalista Médico e Técnico-Científico, Dirigente do Esporte Amador.

Membro da Deutsche Gesellschaft für Innere Medizin – DGIM, da Deutsche Gesellschaft für Verhaltenstherapie – DGVT, Deutsche Gesellschaft für Sexualmedizin, Titular Fundador da Academia Cearense de Direito, membro do Conselho Consultor da Academia Brasileira de Direito, Fundador e Presidente da Academia Cearense de Matemática.

Professor visitante: Aachen (Technische Hochschule), Berlin (Freie Universität), Bielefeld, Bochum, Bonn, Düsseldorf, Hamburg, Hannover (Medizinische Hochschule), Heidelberg, München (Ludwig-Maximilian-Universität), São Paulo – SP (USP), Vitória – ES e Wiesbaden (Deutsche Gesellschaft für Innere Medizin – DGIM).

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0002717896145507

Comentários

Eu gostei muito das opiniões de cada professor. Eu achei importante essas discussões antes do preenchimento do formulário. Aprendi muito por interagir com os professores. (Aristoteles Maia Neto )
A Matemática como fundamental para base escolar. Dados estatísticos são essenciais numa pesquisa … (Audrey Stephanne De Oliveira Gomes )
Excelente palestra. Matemática é essencial, palestra super importante. (Edenize de Melo Teixeira)
Assunto de grande valia repassado para todos nós. Excelente. Obrigado! Tema muito importante. Eu mesmo tinha uma aluna que, toda vez que entrava na sala de aula, como ela queria ser Juíza, sempre me perguntava: o que isso vai acrescentar em minha vida? Esse assunto foi muito esclarecedor. Interessante essa explanação. Muito cuidadosa e cheia de peculiaridades. (Edmir Nogueira Ferraz)
Parabéns  (Edvaldo do Nascimento Silva )
Excelente reflexão, agradeço muito o convite. (Fabiana Fattore Serres)
Parabéns pelo tema, palestra e interações. (Flávio Maximiano da Silva Rocha)
Muito enriquecedor o nosso encontro de hoje. Vários tópicos levantados para a construção do formulário de pesquisa eu não sabia da importância dele estar e de não estar lá. Bem como para a citação do trabalho internacionalmente ter termos o mais genéricos possíveis. (Flávio Portela Vasconcelos Filho )
Observações interessantes no processo de matematização da subjetividade. Detalhes importantes na construção do instrumento de captação de dados (Francisco Isidro Pereira)
Muito boa! Otima! (Gabriel Cavalcante de Carvalho)
Parabéns! (Hailton David Lemos)
Excelente (Ivanildo da Cunha Ximenes)
Gostaria de parabenizar a ACM pela oportunidade de ter participado de mais esse encontro. (Jefte Dodth Telles Monteiro)
Ótima palestra. (José Jânio Ferreira dos Santos )
Muito obrigado. (Lucas Freitas de Aguiar)
Muito boa a apresentação, parabéns professores. Está sendo de grande aprendizado as palestras para nossa reflexão enquanto professores e principalmente como pesquisadores. Muito esclarecedora sobre as pesquisas dos colegas. Parabéns. (Lucia dos Santos Bezerra de Farias)
Sempre na expectativa de grandes palestras nos sábados e não foi diferente. (Magno de Menezes Rocha)
Ótima palestra  (Marcos Paulo Vieira Marçal )
A medida  que nos debruçados em aspectos importantes  de cada instrumento  nos aprimoramos e melhoramos o nosso conhecimento. Excelente. Parabéns (Maria José  da  Silva)
Ótimo! (Matheus Gabriel da Silva)
Gostei bastante da perspectiva abordada na aula (Maximiliano Bevilaqua Esper)
Diálogo riquíssimo! Obrigado a todos pelos esclarecimentos! Foi uma manhã de aprendizagens, como sempre! (Maxwell Gonçalves Araújo)
Parabéns, Prof. Acelino
Belas reflexões no evento hoje. O momento foi muito enriquecedor! Fomos inundados de informações que podem nos ajudar a construir um mundo muito melhor. Estamos honrados por essa oportunidade. Obrigado.
 (Miron Menezes Coutinho)
Libras  (Ronan Guimarães Cardoso )
Excelentes apresentações dos colegas do estudo fundamentado em boa coleta de dados. Boa aula e participação pertinente dos colegas para extrair boas conclusões do tema em discussão! (Rosa Elvira Quispe Ccoyllo)
A tentativa absurda de elevar o status da Matemática a rainha soberana que paira e observa com desdém as outras áreas do conhecimento, lhe retira seu verdadeiro papel, modesto, de coadjuvante. Isto é, de dar suporte e trazer excelência para as empresas humanas.
Certamente essa postura traz consigo impotência, pelo menos no âmbito educacional básico, uma vez que, afasta a possibilidade de vivência direta com o objeto de estudo tornando o processo de pensamento matemático estéril e limitado a manipulações mecânicas que exigem mais esforço de resgatar da memória cadeias de raciocínios cristalizadas do que atuar ativamente na formulação de conceitos e definições.
Obviamente não pretendo neste momento adentrar nessa discussão, por não ser o canal mais adequado, no entanto, tenho pensado seriamente após meu engajamento no Projeto Jovem Pesquisador que o processo que antecede o raciocínio dedutivo que aprendemos e desenvolvemos ao executar cálculos algébricos é uma etapa fundamental, eu diria o filé mignon, do processo de pensamento matemático.
Manhã maravilhosa! Sinto que hoje nosso laboratório foi bem produtivo e base para muitas anotações e considerações que penso não encontrar em livros, pelo menos não da forma como a cristalizamos. (Willames Wiclef Alves da Silva)

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