Filosofia da Mente

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Busco com esta pequena apresentação traçar os principais delineamentos da filosofia da mente, abordando em especial a) a natureza do problema mente-cérebro e por que ele se mantém até hoje, b) o problema da consciência, que se mantém insolúvel até hoje, apesar de propostas pioneiras vindas da física e da neurociência.

Pioneiro no estudo da Filosofia da Mente no Brasil, o Prof. João de Fernandes Teixeira desenvolveu um extenso trabalho nesse ambiente filosófico, quando se inclinou, em especial, às seguintes questões:

O que é a mente?

O que caracteriza os fenômenos mentais?

Analisar as visões religiosas da mente, vez como “espírito”, vez como “alma”, também despertou a sua curiosidade, em especial, no quê toque a subexistência da ‘mente’, após a morte.

Como mente o ele entende:

Na verdade, falar de “mente” ou de “fenômenos mentais” ainda é uma coisa que nos causa tanta estranheza quanto falar de OVNIs ou da existência de criaturas extraterrestres.
A mente sempre foi um enigma, talvez pelo fato de os fenômenos mentais serem invisíveis e inacessíveis para nós. A ciência de que dispomos até hoje não parece ter auxiliado muito na tentativa de encontrar uma resposta para essas questões. A Psicologia quer fazer uma ciência da mente, desenvolveu testes e teorias acerca do funcionamento mental do homem e de alguns animais. Mas os psicólogos nunca chegaram a um consenso sobre o que é a
mente e sobre o que eles estão falando. Há não muito tempo havia psicólogos que nem sequer reconheciam a existência da mente ou dos fenômenos mentais, embora se declarassem estudiosos de Psicologia. Estranhas criaturas, que nem sequer sabiam que sonhavam!

Adianta com muita propriedade:

Por outro lado, nos últimos anos presenciamos um imenso desenvolvimento da Neurofisiologia e das chamadas “ciências de cérebro”. Mas será que essas ciências podem nos ajudar a encontrar uma resposta para tais questões? Podemos até imaginar um neurocirurgião abrindo a cabeça de alguém e examinando seu cérebro: certamente ele verá muita células nervosas, mas nunca verá uma idéia, um sentimento ou uma emoção. Talvez esta seja uma maneira de caracterizar a natureza dos fenômenos mentais: eles são invisíveis.

E ainda questiona:

Mas será esta uma boa caracterização?
Os átomos também são invisíveis. Entretanto seria difícil dizer que átomos são fenômenos mentais apenas porque não podemos observá-los. A diferença estaria no fato de que os átomos são invisíveis, mas isto não significa que um dia eles não possam ser observados. Através de um supermicroscópio eletrônico, que poderia se construído no futuro – quem sabe? O mesmo não ocorreria com os fenômenos mentais.

João Fernandes Teixeira

É um dos pioneiros da filosofia da mente no Brasil.

Bacharel em filosofia pela USP e mestre em filosofia da ciência pela UNICAMP, é também PhD pela University of Essex, na Inglaterra.

Fez pós-doutorado nos Estados Unidos, sob orientação de Daniel Dennett. Foi colaborador do Instituto de Estudos Avançados da USP e lecionou em várias universidades brasileiras como a UNESP, a UFSCar e a PUC-SP.

Publicou 19 livros na área de filosofia da mente e ciência cognitiva. Colabora com uma coluna mensal sobre filosofia da mente e tecnologia na revista HUMANITAS da Editora Escala.

Mantém a página Filosofia da Mente no Brasil no Facebook.

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