Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the updraftplus domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home3/acmiteao/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114
Ensino da Matemática - Academia Cearense de Matemática

Ensino da Matemática

– fatores de sucesso

Quem é professor há alguns anos lembra-se certamente das dezenas de ideias revolucionárias que foram sendo apresentadas como a grande solução para o ensino. Falava-se das vantagens da calculadora, dos inconvenientes do ensino de algoritmos, da aprendizagem em contexto, do papel central das competências em oposição ao conhecimento, do currículo adaptado aos alunos, da motivação para a construção do conhecimento, do ensino por computador, do ensino individualizado e de muitas outras propostas que iriam resolver todos problemas do ensino.

Hoje, fala-se das competências do século XXI e de um futuro maravilhoso. Por tudo isto, algum ceticismo é não só saudável como necessário em educação. E convém confrontar as propostas com os seus resultados, pois muitas delas foram já tentadas e não tiveram qualquer sucesso.

Nesta apresentação mostrarei alguns resultados da investigação recente que são compreensíveis, que apoiam muito do que os professores pela sua experiência praticam, nomeadamente os professores de matemática, e que, sendo simples e dirigindo-se ao que é verdadeiramente importante, podem vir a melhorar a maneira como se ensina e como se aprende matemática.

Inscrições: https://forms.gle/SqM45255uTHiiEdt9

Informações: acm@acm-itea.org

Vídeo no Youtube:

Nuno Crato

Estudou na Faculdade de Ciências de Lisboa, licenciou-se em Economia, no ramo de Planeamento–Métodos Matemáticos, pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa (1980-1981), mestre em Métodos Matemáticos para Gestão de Empresas pelo mesmo Instituto (março de 1987), doutor em Matemática Aplicada pela Universidade de Delaware (1992). Obteve o título acadêmico de agregado pela Universidade Técnica de Lisboa em fevereiro de 2002.

Começou a sua carreira como Professor no Ensino Secundário, passando depois a lecionar na universidade, tendo chegado a catedrático de Matemática e Estatística no Instituto Superior de Economia.

aquilo que se tem discutido na educação não é aquilo que é essencial em educação

Nuno Crato

Trabalhou na Norma, foi diretor de estudos e consultoria da Norma-Açores e trabalhou como consultor de planeamento e de previsão económica. Também lecionou na Universidade dos Açores, no Stevens Institute of Technology e no New Jersey Institute of Technology.

Nuno Crato foi cientista visitante sênior no EC Joint Research Centre, em Ispra, Itália, ele faz pesquisas em análise de séries temporais, modelos de probabilidade e aplicações, e economometria.

Foi destacado pela UTL para presidente (CEO) da Comissão Executiva do Taguspark. Foi ainda presidente e coordenador científico do Centro FCT Cemapre até Janeiro de 2011. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) de 2004 a 2010 e é presidente da Assembleia Geral do Centro Internacional de Matemática (CIM).

“A receita da reforma educativa de Portugal é simples, o trivial variado. Começou pela base, com um Programa Nacional de Leitura apoiado em uma rede de bibliotecas e iniciativas e priorizando a alfabetização das crianças. Isso ocorreu no início deste século. Em seguida, houve uma reforma curricular e a introdução progressiva de sistemas de avaliação. O grande salto se deu na gestão de Nuno Crato, com a simplificação do currículo e incentivos para as escolas focarem o ensino nas disciplinas básicas. Os incentivos estavam associados à melhoria do desempenho e se deram na forma de pessoal adicional para as escolas – isso num período de enorme penúria devido a cortes em salários e gastos públicos. Além disso, houve uma forte recomendação para as escolas cortarem as atividades e “projetos” que tipicamente contribuem para tirar professores e alunos do foco.

Fonte: https://veja.abril.com.br/blog/educacao-em-evidencia/pisa-as-licoes-de-portugal/

A afirmação acima merece um reparo ao que toque à referida ‘simplificação do currículo’. Em contrário a atuação do então Ministro da Educação e Ciência de Portugal, empreendeu “uma estruturação de forma mais progressiva e ambiciosa” na remodelação curricular.

O seu trabalho de investigação incide sobre processos estocásticos e séries temporais com aplicações várias, nomeadamente computacionais e financeiras. É membro de várias sociedades científicas internacionais, nomeadamente da American Statistical Association e do International Institute of Forecasters. Foi Presidente do International Symposium on Forecasting em 2000. Tem trabalhos de investigação publicados em diversas revistas internacionais da especialidade, nomeadamente Statistical Papers, Comp. & Operations Research, Communications in Statistics, J. of Econometrics, J. of Automated Reasoning e J. of Forecasting.

Em paralelo com o seu trabalho acadêmico, tem-se empenhado na divulgação científica. Colabora regularmente na imprensa, principalmente no semanário “Expresso” onde mantém desde 1996 uma coluna semanal de divulgação científica, e tem colaborado com vários programas de televisão, nomeadamente o 4xCiência, o 2010 e o ABCiência, e de rádio, nomeadamente o 3 Minutos de Ciência na Rádio Europa.

É autor de “Zodíaco: Constelações e Mitos” (Gradiva, 2001),”Passeio Aleatório” (Gradiva, 2007) e “Matemática das Coisas” (SPM/Gradiva, 2008); é co-autor de “Eclipses” (Gradiva, 1999), “Trânsitos de Vénus” (Gradiva, 2004), “A Espiral Dourada” (Gradiva, 2006), de “Relógios de Sol” (CTT, 2007) e outras obras de divulgação.

O último resultado do PISA pode ser lido de duas maneiras. De um lado, mostra que, depois de uma vertiginosa subida, Portugal deu uma parada, talvez refletindo que a reforma se consolidou. Afinal, Portugal se encontra na média dos países da OCDE – embora se situe entre os de menor nível de renda. Esta explicação, no entanto, não satisfaz ao ex-ministro Nuno Crato. Ele observa não uma parada, mas uma estagnação. E registra que houve aumento na desigualdade. E vai mais além: atribui o fato às mudanças havidas nos últimos anos, que afrouxaram os princípios gerais da reforma e reintroduziram as práticas que não haviam dado certo.

Fonte: https://veja.abril.com.br/blog/educacao-em-evidencia/pisa-as-licoes-de-portugal/

Publicou também “O Eduquês em Discurso Directo: Uma Crítica da Pedagogia Romântica e Construtivista” (Gradiva, 2006), coordenou “Desastre no Ensino da Matemática: Como Recuperar o Tempo Perdido” (SPM/Gradiva, 2006), organizou a colectânea “Ser Professor, de textos de Rómulo de Carvalho” (Gradiva, 2006), e coordenou a conferência internacional Gulbenkian de educação de 2008, Matemática e Ensino: Questões e Soluções. É membro do Conselho Científico da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

A Sociedade Europeia de Matemática atribuiu-lhe em 2003 o Primeiro Prémio do concurso Public Awareness of Mathematics pelo seu trabalho de divulgação. A Comissão Europeia galardoou-o em 2008 com um European Science Award, ficando em segundo lugar na categoria de Science Communicator of the Year. Em 10 de Junho de 2008 foi agraciado com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Exerceu o cargo de Ministro da Educação e Ciência em Portugal (2011-2015), quando realizou uma revolução na Educação de sua pátria, elevando o nível do ensino a patamares superiores à média internacional.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.